A Festa dos Pães Asmos era comemorada no dia seguinte à Páscoa, ou seja no dia 15 de Abib e terminava no dia 21 do mesmo mês, portanto com duração de sete dias: "E aos quinze dias deste mês é a festa dos pães ázimos do Criador; sete dias comereis pães ázimos" (Lv.23:6). Na verdade, os pães asmos deveriam ser comidos a partir da tarde do dia 14: "No primeiro mês, aos catorze dias do mês, à tarde, comereis pães ázimos até vinte e um do mês à tarde. (Ex 12:18)
Durante a semana da Festa dos Pães Asmos, o fermento e qualquer coisa fermentada tinham que ser removidos dos lares dos yaoshorul’itas. Em Ex 12:15 e 13:7 a palavra hebraica 'chametz' foi traduzida por "pão levedado", porém, o significado literal desse termo, é "coisa fermentada". Noutras palavras, nada que continha fermento devia ser encontrado entre eles, em hipótese alguma, "em todo teu território" (Ex 13:7). A desobediência a esta ordenança era uma punição gravíssima. (Ex: 12:15).
1) Fermento: do hebraico 'seor' é qualquer substância que seja capaz de produzir fermentação em massa de pão ou líquido.
2) Fermentado: do hebraico 'chametz' é qualquer coisa fermentada ou que contém levedura
"Durante sete dias comam pão sem fermento. No primeiro dia tirem de casa o fermento, porque quem comer qualquer coisa fermentada, do primeiro ao sétimo dia, será eliminado de Yaoshor’ul" (Ex 12:15).
"Comam pão sem fermento durante os sete dias; não haja nada fermentado entre vocês, nem fermento algum dentro do seu território" (Ex 13:7).
Contexto Histórico
No Antigo Testamento guardava-se a Páscoa separada da Festa dos Pães Asmos, apesar de terem íntima conexão. A Páscoa era celebrada na tarde do dia 14 do mês de Abib, enquanto que a Festa dos Pães Asmos começava no dia 15 de Abib e se extendia por sete dias. Juntas formavam uma Festa dupla.
Já nos tempos de Yaohu’shua, as Festas da Páscoa e do Pães Asmos eram tratadas como uma única Festa: "Estava se aproximando a festa dos pães sem fermento, chamada Páscoa" (Lc 22:1).
Isso era devido não haver intervalo entre as duas Festas e porque ambas celebravam a mesma libertação do Egito (Ex 12:1-28). Na verdade a Festa dos Pães Asmos era a continuação da Festa Páscoa e durante [dentro] essas duas Festas ainda tinha a Festas das Primícias.
A Importância do Pão Asmo para Yaoshor’ul:
Era usado na consagração dos sacerdotes (Ex 29:2; Lv 8:2).
Era usado na separação dos nazireus (Nm 6:15,17)
Foi usado na Páscoa Cristã.
Pães Asmos no Tabernáculo:
Ficavam em uma mesa onde havia pratos para os pães asmos e as taças de ouro. Os pães eram colocados nos pratos em duas pilhas de 6 pães cada uma. São chamados de Pães da Proposição ou Pão da face ou da presença, significa o alimento espiritual e alimento universal. Não havia outro tipo de alimentação, não podia ser comido fora da Tenda e eram comidos no Sábado pelo Sumo Sacerdote.
Significado e Cumprimento Profético
O Pão Asmo não continha fermento porque representava a pureza de Cristo. Também é o símbolo do verdadeiro Pão da Vida, Yaohu’shua hol’Mehushkyah, onde até o local do Seu nascimento era profético, Belém significa “Casa do Pão”.
O aspecto profético da Festa dos Pães Asmos é que ela retrata o sepultamento de Yaohu’shua. Assim como a Festa da Páscoa ilustrava a Sua morte na Cruz, assim também a observância dos Pães Asmos ilustrava o Seu sepultamento.
A razão histórica para a Festa dos Pães Asmos é que foi exigido que Yaoshor’ul comesse pão sem fermento. Isto se deve ao fato de que o fermento é um símbolo da malícia e da maldade.
"Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós. Por isso façamos a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da malícia, mas com os ázimos da sinceridade e da verdade" (I Co 5:7-8).
Os Pães Asmos também expressam a nossa comunhão com Cristo, que começa com a nossa redenção e depois prossegue em uma vida santa.
Fermento, símbolo do pecado
Fermento em hebraico é she’or e deriva de sha’ar que significa “deixar de fora, sobras, restos”.
“Ao primeiro dia tirareis [shabbo] o fermento [she’or] das vossas casas; porque qualquer que comer pão levedado [chametz]…” (Ex 12:15).
A palavra sha'ar descreve a porção de massa com fermento ativo [isca] que era deixada de fora para utilização no próximo fabrico de pão. A expressão referida na passagem de Ex 12:15 é "shabbo sh’or". A palavra “shabbos” significa “parar, deixar de”. Daí o significado: deixar de; pôr de lado a porção de massa com fermento ativo para o fabrico de pão do dia seguinte. Era uma ORDENANÇA e não uma ação circunstancial (saída às pressas) como os cristãos [diga-se teólogos] hoje ensinam...
Sem esta porção de fermento a massa para o fabrico de pão levaria muito mais tempo para fermentar: “E o povo tomou a sua massa, antes que levedasse [chametz], e as suas amassadeiras atadas em suas roupas sobre seus ombros… E cozeram bolos ázimos da massa que levaram do Egito, porque não se tinha levedado [chametz], porquanto foram lançados do Egito; e não se puderam deter, nem prepararam outra comida” (Ex 12:34, 39).
A palavra Sh’or é muitas vezes confundida com Chametz, mas Chametz não é o fermento em si, mas sim qualquer massa já levedada – neste caso o pão ou a massa.
A palavra Chametz, como é normal nas palavras hebraicas, assume vários significados, um deles é “ser azedo”. É esse o sentido que se aplica quando falamos de massa Chametz. Esta massa diz-se azeda porque sofreu a ação da fermentação.
Sh’or também não é fermento no sentido que nós entendemos hoje, mas sim uma parte da "massa azeda” que era posta de lado para iniciar a fermentação da próxima massa para o fabrico de pão. Sabemos hoje, que o fermento nada mais é do que bactérias que existem no ar ou em algo, porém esse conceito não existia nos tempos antigos. A própria Palavra de do Criador nos dá a entender que o Sh’or era algo visível, a ponto que tinha que ser posto fora de casa.
“Sete dias se comerá pães ázimos, e o levedado [Chametz] não se verá contigo, nem ainda fermento [Sh’or] será visto em todos os teus termos.” (Ex 13:7)
Veja que não era apenas o Sh’or que tinha que se pôr fora de casa, mas também o Chametz. Esta é a única passagem que diz que Chametz e Sh’or deveriam se retirados de casa, em todas as outras passagens falam apenas em pôr o Sh’or, fora.
No entanto, o princípio por detrás de ‘pôr fora’, quer seja Chametz quer seja o Sh’or, é o mesmo, pois se não houver Chametz em casa não será comido; da mesma forma que sem Sh’or não se pode fazer Chametz. O mandamento consiste em que se coma Matstsah (pão feito de massa não levedada).
A palavra Matstsah, contrariamente à palavra Chametz que significa “ser azedo”, significa “ser doce”. Esta designação apenas é válida quando aplicado à massa, porque se trata de uma massa que não levedou. O Matstsah é uma imagem do próprio corpo de Cristo, o pão da vida, sem fermento (sem pecado). Veja: João 6:35, 48-51; Lucas 22:19.
O significado das palavras hebraicas Matstsah (pão ázimo) e Mitsvah (Mandamento) estão intimamente ligados, sendo mesmo sinônimos, pois significam o ensino puro, não adulterado da Torah que nos foi dada pelo Criador pelo que podemos dizer que Ele, Yaohu’shua, é o Pão não levedado da Sua Torah!
Uma vez cozida, qualquer massa de pão que tivesse fermento deixa de o ter na sua forma ativa, pois o fermento morre com o cozimento. Porém, os “restos mortais” desse fermento permanecem na massa e são indissociáveis dela; daí que o Criador nos diga para comermos pão sem fermento para não ingerirmos esses “restos mortais”.
Aspecto Espiritual
O Novo Testamento [a Aliança Renovada] nos fala de cinco tipos de Fermento:
- Fermento dos Fariseus: "Acautelai-vos primeiramente do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia." (Lc 12:1) – A Hipocrisia era o fermento dos Fariseus, tipo: "faça o que eu digo, mas não o que eu faço".
- Fermento dos Saduceus: "Então os saduceus, que dizem que não há ressurreição…" (Mc 12:18) – Os Saduceus negavam o Cristo sobrenatural, a ressurreição [de certa forma hoje também se nega a RESSURREIÇÃO quando se ensina uma “ida aos céus” após a morte], os anjos, etc. Era uma religião baseada em filosofia [o ‘eu acho’]; praticamente a Nova Era, nascida às portas do Édem, com Caim.
- Fermento de Herodes: "E ordenou-lhes, dizendo: Olhai, guardai-vos do fermento dos fariseus e do fermento de Herodes." (Mc 8:15) – Este fermento simboliza o amor pelo mundo e suas coisas. Yaohu’shua mencionava Herodes como um homem mundano (raposa). Herodes era um assassino, que apesar de ter ouvido tantas vez a mensagem de Yaohu’khanan não se arrependeu.
- Fermento dos Gálatas: "Um pouco de fermento leveda toda a massa." (Gl 5:9) – Os Gálatas misturavam Cristianismo com Legalismo e se preocupavam com aparências exteriores. Misturavam Lei e Graça; Carne e Glória; Escravidão e Liberdade.
- Fermento dos Coríntios: " Limpem-se, pois de toda essa velha levedura; tornem-se uma, massa sem fermento para que todos se mantenham incontaminados. Hol’Mehushkyah (o Messias), o Cordeiro de UL, foi sacrificado em nosso lugar. Celebremos, pois essa festa espiritual, deixando para trás o fermento da maldade, a antiga vida, podre de tanto vício, de tanto pecado. Que em vez disso participemos nessa celebração espiritual com o pão puro da sinceridade e da verdade" (I Co 5:7-8) – O fermento dos Coríntios representa a malícia e os pecados da imoralidade; puro espiritismo, a religião nascida ainda dentro do Édem.
Santificação, símbolo da ausência do fermento
"Por isso façamos a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da malícia, mas com os ázimos da sinceridade e da verdade." (I Co 5:8)
Assim como a Festa dos Pães Asmos era celebrada imediatamente após o sacrifício da páscoa, aquele que é redimido pelo sangue de Cristo, deve imediatamente prosseguir em seu Caminho em processo de santificação: "…aperfeiçoando a nossa santidade no temor do Criador" (II Co 7:1)
Esta oferta não poderia conter sangue do sacrifício porque o sangue era derramado por causa do pecado e "…aquele que sofreu na carne deixou o pecado" (I Pe 4:1) e "…quem morreu, justificado está do pecado… …a morte já não tem domínio sobre Ele" (Rm 6:7,9).
Diversos textos das Sagradas Escrituras demonstram o processo de santificação do cristão após a Redenção. Devemos distinguir, portanto, os textos* que falam da Redenção e os que falam da Santificação.
Concluindo, as verdades simbólicas dos pães asmos são:
1- Consagrado e...
2- Separados para o Criador
"Yaohu’shua tira o fermento da nossa vida nos libertando do poder do pecado"
Amnao!
*SALVAÇÃO: Redenção X Santificação
I Co 6:11 x Sl 51:2; At 22:16 x Is 1:16; Tt 3:5 x 51:2, 7; II Tm 1:9 x II Tm 3:15; I Co 1:2a x I Co 1:2b; II Ts 2:13 x I Ts 4:5; I Pe 1:2 x Hb 12:14; At 20:32 x Jo 17:17; I Co 6:11 x Rm 6:22; Ap 20:11a x Ap 22:11b; Hb 10:14a x Hb 10:14b; Fp 1:6a x Fp 1:6b; Cl 2:10 x Fp 3:12; At 15:9 x Sl 51:10; I Pe 1:22 x II Co 7:1; Tt 2:14 x II Tm 2:21; Is 51:7 x Jr 4:14; Hb 10:22 x Sl 119:11; Sl 24:4 x Pv 20:9; Mt 5:8 x Tg 4:8; Sl 73:1 x I Jo 3:3; Jo 15:3 x Tg 1:21; Hb 9:14 x I Jo 1:7
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