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Shavuot - o Pentecostes

 
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De ano em ano, durante mais de 30 séculos e em circunstâncias diversas, ora afortunadas, ora trágicas, o povo judeu celebra uma de suas festas mais significativas e felizes: Matan Toráhh. Das 3 grandes festividades judaicas: Pessach, Shavuot e Sucot, nas que recordam fatos históricos transcendentais transcorridos desde o êxodo do povo do Egito até seu estabelecimento em Eretz Yaoshor'ul, fatos que forjaram a complexidade nacional-religiosa, é Shavuot - ainda que a mais curta das festas - a de maior flexibilidade, de maior riqueza de totalidades e de mais fecundas sugestões.

É uma festa de um profundo conteúdo e de amplas possibilidades evolutivas. Em seu constante desenvolvimento enriqueceu-se de valores e ideais múltiplos: místicos, econômicos, nacionais, culturais e humanitários. É como um verdadeiro ser vivo, como a mesma Toráh que não é somente lei sagrada senão "ciência viva" (Torat Chaim); seus conceitos e ensinamentos crescem e se desenvolvem constantemente, plasmados pela vida real e pela capacidade potencial do povo.

Todas as festas judaicas possuem esta elasticidade, porém Shavuot é a de maior elasticidade. Festa inicialmente puramente agrícola - ritual em suas origens; adota, mais tarde, na era do segundo Templo, o caráter de Festa da Lei e da Ordem Moral - o decálogo e seus respectivos comentários constituem sua inspiração e norma. Durante a diáspora, nos anos de pouca sorte, soube infundir fé e esperança num porvir do povo, enriqueceu seu conteúdo com uma missão consoladora, de saber messiânico, animou a fé na "Gueulá", que se converteu em um de seus mais caros motivos. E em nossos dias as pregações e cânticos de esperança por um futuro melhor acompanha ideais de renascimento, aspirações e ações nacionais de ordem construtiva, assume um novo caráter: A Vinda do Messias, primeiro - no pentecostes - em espírito, onipresente [Mt 28:20], e em BREVE, em pessoa para estabelecer o Seu Reino Messiânico por mil anos, sobre a Terra - At 15:16.

Curiosidades de Shavuot

A festa de Shavuot recebe outros nomes como:

Chag Hashavuot - a Toráh chama essa festa de Chag Hashavuot porque sete semanas são contadas desde Chag Hapessach. Essas semanas também são chamadas de "contagem do Omer".

Chag Hakatzir - outro nome da festa relacionado com a ceifa dos cereais.

Atzeret - na Mishná e no Talmud chamam essa festa de Atzeret, que significa reunião festiva de multidão do povo.

Chag Habikurim - esse nome é popular, significando a festa quando levava-se as primeiras sete espécies (Shivat Haminim: trigo, cevada, uva, figo, romã, azeitona tâmara) para o templo Sagrado (Beit Hamikdash). Sendo esta uma das 3 vezes que se peregrinava para o Templo; as outras duas eram em Pessach e Sucot.

Matan Toráh - esse nome não aparece na Toráh; é o nome tradicional que foi dado pelo povo. Foi nesses dias que entregou-se a Toráh para o povo de Yaoshor'ul, no Monte Sinai.

Tradições e Costumes

• Contagem do Omer - 49 dias entre Pessach e Shavuot.
• Folhagem para Shavuot - decorar a sinagoga e a casa com plantas de cor verde.
• Leitura da Meguilat Ruth - uma das 5 Meguilot do Tanach que descreve a colheita e demonstra até que ponto a legislação judaica considerava a situação dos desamparados.
• Comidas de leite - costuma-se comer produtos derivados de leite, como queijo e bolos de queijo.
• Caminhada ao túmulo do Rei Daoud - ele é descendente de Ruth e morreu em Chag Hashavuot.
• Leva-se os primeiros frutos - as crianças levam as primícias do campo que são entregues ao Keren Hakaiemet .
• Chag Hashavuot - é uma festa única, que não tem limitação de comidas ou orações específicas.
• Estudo noturno - costuma-se estender a noite com o fim do estudo da Toráh.
• Em Shavuot come-se o que quiser e onde quiser.

Natureza e Nomes da Festa

A Festa de Shavuot - Chag Matan Toráh - é citada na Toráh como a festa da natureza e da agricultura. Em Pessach, celebramos o êxodo de nossos antepassados do Egito - da escravidão à liberdade; depois de meses vagando pelo deserto, os filhos de Yaoshor'ul chegaram ao Monte Sinai, onde receberam a Toráh, por intermédio de Moisés.

Como os Yaoshor'ulitas receberam a Toráh em Shavuot, a festa é também chamado de Chag Matan Toráh (Festa da Entrega da Lei). Nossos sábios enfatizam que apenas quando receberam os Dez Mandamentos os Yaoshorul'itas se transformaram num povo livre. Nossos antepassados receberam a Toráh por sua livre vontade e em total acordo com ela. (Êxodo 24:7). De acordo com a tradição, a Toráh foi entregue no ano 2.448 da Criação do Mundo.

Em Shavuot, o Povo de Yaoshor'ul concluía a colheita da cevada e iniciava a colheita do trigo, já que, em Yaoshor'ul, o mês de Sivan marca o término da primavera e o início do verão.

As Três Festas da Peregrinação (Shalosh Regalim) são:

Festa

Período

Fonte Bíblica

Pessach (Festa da Primavera)

Fim do inverno / Início da primavera

No tempo em que você iniciar a por a foice no milho (Dt 16:9)

Shavuot (Festa da Colheita)

Fim da primavera / início do verão

Os primeiros frutos da colheita do trigo (Ex  34:22)

Sucot (Festa da Reunião da Colheita)

Fim do verão / início do Outono

Quando você tiver recolhido seu trabalho dos campos (Ex 23:16)
Depois que você reuniu sua colheita de milho e vinha. (Dt 16:1)

Três vezes ao ano os judaicos iam para o Templo em Yah'shua-oléym para trazer os frutos de suas terras como oferenda de agradecimento ao CRIADOR.

Há outro significado especial para a época de Shavuot, entre o Omer e a colheita. A festa foi marcada no fim do período de 7 semanas, o período de Contagem do Omer (Sefirat HaOmer) que começa no primeiro dia de Chol HaMoed Pessach em Yaoshor'ul (segunda noite da festa na diáspora). Neste período, os ventos vindos do leste e do oeste intensificam-se em Yaoshor'ul, trazendo instabilidade climática durante este período, trazendo nuvens e chuvas repentinas, afetando fortemente os campos e plantações. Por isso estes 49 dias são contados com ansiedade.

Com a chegada de Shavuot, o clima se estabiliza. Os fazendeiros já sabem o destino dos grãos semeados, mas ainda não têm garantia do sucesso da colheita dos frutos, que crescem no verão. Isto será conhecido apenas na Festa da Reunião da Colheita.

Além de Chag Matan Toráh, a festa tem outros quatro nomes:

Shavuot

Na Toráh, a festa é chamada de Chag HaShavuot, ou Festa das Semanas, de acordo com as sete semanas contadas entre Pessach e Shavuot.

"Vocês contarão 7 semanas; começando a contagem no período em que começarem a por a foice no milho. E deverão manter a Festa das Semanas perante UL'HIM..." (Deuteronômio, 16:9-10)

A Toráh identifica a data exata de Sucot, que foi fixada no 15º dia do Omer (Levítico 23:16), e sempre cai no dia 6 de Sivan.

Chag HaKatzir

A Festa da Colheita. A colheita de cevada, que começa em Pessach, termina em Shavuot, quando começa a colheita do trigo (a cevada amadurece antes do trigo).

"E a Festa da Colheita, os primeiros frutos de seu trabalho, que vocês plantaram nos campos." (Êxodo 23:16)

"E você observará a Festa das Semanas, dos primeiros frutos da colheita do trigo. (Êxodo, 34:22)

Chag HaBikurim

A Festa das Primícias (primeiras frutas) - quando a oferenda de cevada é trazida em Pessach, a festa de "sua melhor colheita", então em Shavuot, no fim da colheita, quando a produção gerada pela colheita é oferecida.

Atzeret

Na Mishná e no Talmud, Shavuot é conhecida como Atzeret, que significa: uma assembléia festiva de todo o povo. Os peregrinos que chegavam a Yah'shua-oléym costumavam se reunir na Cidade Santa e celebrar a festa com alegria. Este é o final do período de Pessach, assim como Shmini Atzeret é o final de Sucot.

Shavuot é o segundo feriado dos três feriados de peregrinação. Este feriado também é conhecido pelos nomes de "Festa das Primícias" (Chag HaBikurim) e Festa do “Recebimento da Toráh” (Matan Toráh). O feriado é de um dia em Yaoshor'ul (dia 6 do mês de Nissan) e de dois dias na dispersão (6-7 do mês de Nissan)

O escrito no livro de Êxodo (cap. 23) acentua especialmente o lado agrícola das três festas de peregrinação: Pessach, Shavuot e Sukot. A festa de Pessach – a Toráh denomina coma a “Festa da Primavera” isto é, na época na qual os cereais no campo ainda estão no início de seu desenvolvimento. A festa de Sucot ela chama de “Festa da Colheita” isto é o fim do ano agrícola ao recolherem os frutos do campo. E a festa de Shavuot ela chama de “Festa da Ceifa”, “a primícia de seu labor que semearás no campo”. Nesta festa foram ordenados aos filhos de Yaoshor'ul sobre a oferenda de primícias: As primícias dos frutos da tua terra trarás à casa do ETERNO, teu UL”. (Êxodo cap. 23 v. 19)

A origem do nome “Shavuot” vem por causa da instrução da Toráh contar sete semanas a começar na festa da ceifa em Pessach e no fim destas sete semanas festejar uma segunda festa de ceifa. (Êxodo cap. 34 v. 22; Levítico cap. 23 v.15 até o fim; Deuteronômio cap. 16 v. 9-10).

Nesta festa foram os filhos de Yaoshor'ul ordenados a oferecerem um sacrifício de agradecimento no Templo sagrado. Na literatura talmúdica esta festa é chamada algumas vezes de “Atzeret” (assembléia, reunião solene) (tratado “Shavuot” cap. 1:1, tratado “Rosh Hashaná” 1:2). O significado deste nome é o reunir se em um ambiente de seriedade. Com este termo serve se a Toráh para denominar tanto em relação a festa de Sahvuot como também em relação a outras festas (Levítico cap. 23 v.27; Números cap.29 v.35, Deuteronômio cap 16 v.8). Mas nas fontes pós-bíblicas usam este termo quase que só para denominar a festa de Shavuot.

Para os judaicos, o significado do nome átzéret é o dia em que se encerra a festa; daqui podemos deduzir que eles vêm nesta data o encerramento da festa de Pessach. Shavuot é visto como a “Atzeret” de Pessach, isto é, o final da festa de Pessach. Shavuot não assinala somente o fim da ceifa dos cereais que começou em Pessach, mas também o ponto culminante do processo dos festejos da liberdade que se iniciaram com o êxodo do Egito e finalizou com o recebimento da Toráh no Monte Sinai, que, pela tradição, ocorreu na festa de Shavuot.

Shavuot é a única festa sobre qual não nos foi transmitido pela Toráh uma data exata quando comemorá-la. Em vez disso o povo foi ordenado a contar sete semanas como está escrito: “Contareis para vós outros desde o dia imediato ao sábado*, desde o dia em que trouxerdes o molho da oferta movida…(Levítico cap. 23 v.15) A colheita dos feixes da nova safra de cevada sinalizou o início da contagem; No quinquagésimo dia festejaram a nova festa da colheita. Para os nossos sábios de bendita memória, o escrito “o dia imediato ao sábado” era o primeiro dia da festa de Pessach e o quinquagésimo dia era o dia seis de Sivan.

Nota de o Caminho: Não confunda este 'sábado' (pascal) com o sábado semanal, como fazem os cristãos pentecostais...

Nos dias que o sagrado templo existia, a festa de Shavuot era a festa na qual o agricultor saia junto com seus vizinhos, num cortejo alegre para Yah'shua-oléym para levar as primícias do fruto de sua terra como oferenda de graças ao ETERNO. Na Mishná encontramos uma descrição muito viva dos preparativos que fazia o agricultor para levar as primícias e dos cerimoniais ligados a isso. (tratado Bikurim 3).

Depois da destruição do Templo sagrado mudou o tom dominante desta festa para ser o dia do recebimento da Toráh no Monte Sinai quando foram declarados os dez mandamentos aos filhos de Yaoshor'ul.

Em algumas comunidades costuma se ler nas noites de Shavuot os Salmos. Isto vem a ser porque pela tradição, foi o Rei Daoud que escreveu a maioria dos Salmos e ele nasceu e morreu no Chag HaShavuot.

Para comemorar esta data costuma se ornamentar as sinagogas com flores e plantas ornamentais. O motivo deste costume muito difundido vem para simbolizar a ceifa de cereais; que o monte Sinai cobriu se milagrosamente com plantas e verde em geral para esta grande ocasião do recebimento das tábuas da Lei; ou o motivo disto simboliza o cesto ornamentado de primícias que levavam naquele tempo para o templo sagrado no Chag HaShavuot.

Conforme uma tradição muito antiga, come-se neste dia alimentos baseados em mel e leite. A explicação tradicional para este costume é que os filhos de Yaoshor'ul, no dia do recebimento da Toráh, não tinham tempo para preparar comidas de carne. Nos alimentos com mel e leite é aludido também o escrito: “Mel e leite acham se debaixo de tua língua" (Cântico dos Cânticos cap. 4 v.11).

A leitura da Toráh na sinagoga neste dia incluem os dez Mandamentos e antes desta leitura lê-se o poema “Akdamót Milin”. Este poema é em aramaico e contêm 90 linhas que versam sobre o povo de Yaoshor'ul e as relações com os outros povos contando também do bem que espera às pessoas justas e pias no mundo vindouro.

Neste dia também é lido o livro “Ruth”. Foram dadas algumas explicações para isto:

O fundo agrícola descrito no livro é muito propício à festa de Shavuot – que, com já foi dito, também é a festa da ceifa; Outro motivo plausível pode ser o fato da adesão e fidelidade de Rut e à fé de Naomi que podem muito bem servir como lição moral que se presta muito bem a este dia no qual é lembrado o recebimento da Toráh pelo povo de Yaoshor'ul; Também alude ao rei Daoud que foi descendente de Ruth, a Moabita (assim ela é chamada nas fontes judaicas) e de que dos descendentes de Daoud nasceria hol'Mehushkháy.

Desde a libertação de Yah'shua-oléym muitos milhares de pessoas fluem para o “Kotel” para a prece da festa de Shavuot – o "Kotel" é o remanescente do templo sagrado.

Ao aproximar-se a festa de Shavuot, pela iniciativa abençoada do Keren Kayemet LeYaoshor'ul, realizam se em muitas localidades no país, inclusive nos kibbutzim e moshavim, festas de Bikurim nas quais são apresentadas em procissões festivas as "frutas da estação".

Em Yaoshor'ul, nos jardins de infância, são organizadas para esta data festas especiais antes da vinda do feriado. Nestas festas trazem as crianças cestos de frutas e ornamentam estes cestos com flores que lembram a todos a “festa da ceifa”.

1. Shavuot no calendário judaico.

Shavuot palavra que em hebraico significa semana, é celebrada nos dias 6 e 7 de Sivan, ou seja, 50º dia da "Sefirat HaOmer" (sete semanas contadas a partir do 2º dia de Pessach).

2. Denominações da festa

Chag HaShavuot - Festa das Semanas, que conclui o período de sete semanas, no qual se conta o Omer. Assinala o começo da colheita do trigo.

Chag HaBikurim - Dia das Primícias - "E no dia das primícias ordenes aos filhos de Yaoshor'ul e digas: ao oferecer-me vossos sacrifícios cuidado em fazê-lo em tempo, nas semanas sagradas, e terão reunião santa, e não realizarão nenhum trabalho. (Nm 28,2). Sobre os pães da primícia, que se sacrificam no Templo, e sobre o período das primícias, que se inicia em Shavuot, cada um é imposto a trazer primicias das sete espécies perante o ETERNO, no Templo. (Dt 26).

Zman Matan Toratenu - (Data da Entrega da Lei) - Esta denominação não consta na Toráh. Foi atribuída pela tradição popular como o dia em que o povo de Yaoshor'ul recebeu do CRIADOR por intermédio de Mehushua, os Dez Mandamentos, no Monte Sinai.

Chag HaKatzir - (Festa da Colheita) - Baseia-se no versículo "Vechag hakatzir bucurei Masseichá, asher tizrá bassadê", ou seja: "é a festa da colheita das primícias; frutos do teu trabalho que houveres semeado no campo".(Ex 23:16).

Pentecostes - Palavra grega que significa "q8uinquagésimo", pois em Shavuot celebra-se o quinquagésimo dia após o início da contagem dos dias do Omer, mencionado na primeira noite de Pessach.

Atséret - A palavra "Atséret" significa "reunião", e Atséret é o único nome pelo qual Shavuot é chamado no Talmud. Os rabinos do Talmud consideravam Shavuot como o dia de encerramento da festividade de Pessach, que devia ser comemorado como um dia de "reunião solene" e "convocação sagrada". Eles consideravam que a relação entre Shavuot e Pessach era a mesma que entre Shemini Atséret e Sucot. Shemini Atséret era a conclusão de Sucot e Shavuot a conclusão de Pessach.
 

3. Shavuot - Festa campestre e festa religiosa.

O caráter mais antigo de Shavuot é o de festa campestre. No mês de Sivan termina a colheita de cereais. Um momento de tal importância na vida do povo dedicado ao cultivo da terra, não podia transcorrer sem a recordação de D'us, e sem uma exteriorização de gratidão. Assim, pois, dos próprios produtos que, graças à proteção divina puderam ser extraídos do solo, eram separadas as primícias, como oferenda. Por isso Shavuot é chamada também, Chag Habikurim, Festa das Primícias. Na época do Templo, Shavuot se caracterizava pelas peregrinações. Grandes grupos de agricultores afluíam de todas as províncias e o país adquiria um aspecto animado e pitoresco. Os peregrinos se organizavam em longas caminhadas, e dirigiam-se para Yah'shua-oléym, acompanhados durante o trajeto pelos alegres sons de flauta. Em cestos decorados com fitas e flores, cada um conduzia a sua oferenda; primícias de trigo, cevada, uvas, figos, romãs, azeitonas, tâmaras. Produtos que deram renome ao solo de Eretz Yaoshor'ul. Chegados à Cidade Santa, eram acolhidos com cânticos de boas vindas e penetravam no Templo, onde faziam a entrega dos seus cestos ao sacerdote. A cerimônia se completava com hinos e toques de harpas e outros instrumentos musicais.


4. As Sete Espécies.

Em "Chag HaShavuot" a entrega de "bikurim" é simbolizada por sete espécies de frutos da terra e do trabalho dos hebreus.

Mulheres e Identidade

A proximidade de Shavuot nos convida ao pequeno exercício de ler o texto de Meguilat Ruth posicionando a mulher no centro de nossa leitura. Neste caso, o desafio será relativamente fácil, já que a voz feminina é ouvida através do texto, praticamente a cada instante.

Comecemos observando que Ruth não é a única mulher da história. Já no começo do livro fica clara a existência de outra figura dominante, a de Noemi.

Noemi, esposa de Elimelech, aparece mencionada pela primeira vez na relação com seu marido, mas seu protagonismo começa justamente depois da morte deste. E num instante se invertem os papéis: Noemi regressa à terra da qual havia saído com seu marido - e algumas interpretações dizem que de fato foi castigada por não impedir seu marido, que abandonara a Terra de Yaoshor'ul num período de fome. Conforme as normas da Halachá, a mulher pode se opor a que o marido a obrigue a abandonar a Terra de Yaoshor'ul (Shulchan Aruch, Even Haezer 75, 3-4). Tal é a importância da permanência na Terra de Yaoshor'ul, que isto pode ser considerado causa de um divórcio quando uma das partes do casal deseja emigrar da Terra de Yaoshor'ul e a outra não. Noemi não se opõe à saída do país nem à aculturação dos filhos, que acabam se casando com mulheres moabitas, Ofra e Ruth. Se bem que alguns consideram que a desgraça que lhe acontece ao perder o marido e os filhos está relacionada a este motivo, preferiria uma linha interpretativa um pouco mais sensível às relações humanas. Some a isso que, no texto do livro de Ruth, as relações neste família não estão descritas em detalhes, e, como em todas, certamente eram muito complexas.

Tratemos de imaginar a cena de uma mulher que perde marido e filhos e se encontra totalmente sem posses e desprotegida em um país estranho. Noemi tem a força de empreender o caminho de volta. Há os que querem ver neste ato debilidade e não força, no entanto, Noemi não ficou paralisada. Frente ao luto por perdas muito menores, muitos ficam imobilizados, mas Noemi tira força das fraquezas e age. Este fato tem valor. Noemi demonstra muito domínio e valentia para regressar ao espaço social do qual havia partido rica e prestigiada e ao que regressa praticamente "sem nada".

O Livro de Ruth bem poderia ser o de Noemi. O livro é de Ruth, talvez porque Ruth assume compromissos e riscos ainda maiores.

Ruth, que bem poderia ter permanecido com os seus, opta por partir. Opta por mudar. Aqui se ressaltam suas características e sua capacidade de transformar, de agir, de renovar-se e de elevar-se espiritualmente. Uma tênue linha quase invisível a une com Esther, com quem comparte os textos canônicos, e que em seu tempo e circunstâncias teve que enfrentar dificuldades que também a forçaram e lhe deram força para decidir por si.

Esther e Ruth, estão unidas na busca por sua identidade. Ambas optam por ser judias quando bem poderiam ter escolhido não ser. Ruth provinha de um povo estrangeiro repudiado pelos Yaoshorul'itas numa ação anterior. Esther, nascida judia, leva dois nomes: Hadassa (Mirta), seu nome judaico, e Esther, nome comum entre os assimilados de então. Hoje, Esther e Ruth são nomes tipicamente judaicos, como homenagem aquelas que os portaram com orgulho. Ruth e Esther arriscaram em sua escolha, parte de sua própria vida. Seus inícios no judaísmo não foram rituais, mas sim existenciais.

Esther, que havia ocultado sua identidade, poderia ter continuado com a farsa, afinal, havia ocultado-a para se candidatar para ocupar o lugar deixado por Vashti, a soberana do Império. Nada perderia da luxuosa vida no palácio se tivesse mantido o silêncio. Logo, ativa e valentemente, se apresenta com sua verdadeira identidade ao soberano, e jejua durante três dias e três noites. Talvez, foi destas jornadas significativas de recolhimento e reflexão que sai decidida e fortalecida para poder agir comprometidamente. Põe em perigo seus privilégios e sua vida para iniciar o Caminho solidário com seu povo.

A transformação de Ruth é ainda mais radical. Da distância à pertinência. De ser estrangeira a ser parte do corpo social. De um destino distante a assumir o nada simples destino histórico do povo judeu. Não é somente o destino de Noemi o que escolhera. Com ele, recebia sua fé e seu destino nacional. Ruth corta com a casa materna, como Avraham com a sua, e se incorpora ao povo por escolha e por fé. Ruth se converte no paradigma dos que elegeram, ao longo da história, incorporar-se ao povo judaico, guiada por uma convicção inquebrável e não pela conveniência da moda, nem sequer por amor a um homem. Neste sentido, se bem que pareceria ser o contrário, o fato de incorporar-se ao povo faz com que recaiam sobre ela as normas familiares e legais que até este momento lhe eram alheias. E, portanto, está disposta a ser tomada como esposa de Boaz. Se bem que também não há dúvida de que este é um ato economicamente conveniente a ela e à sua sogra; não foi este o motivo da conversão, mas sim uma consequência.

Voltemos ao relato: "Então as duas mulheres seguiram caminhando até chegar a Belém. Logo que chegara, houve uma grande comoção em todo o povo por sua causa".

O texto não nos conta o que elas conversaram no caminho de Moab a Belém. Talvez caminharam em silêncio, cada uma com suas idéias. O que é certo é que compartiram várias horas perambulando pelo deserto. No princípio Ruth não fala, mas se agarra a Noemi. O termo hebraico utilizado é "davká", que poderia ser traduzido como se "colou" ou se "aderiu", ou seja, a primeira reação não leva a palavras, mas além, o termo hebraico é geralmente utilizado para manifestar a comunhão espiritual, assim em Deuteronômio 4: "vocês que seguiram unidos ao CRIADOR, estão todos vivos", a palavra hebraica do texto é dvekim, da mesma raiz que davká, do qual fica claro que a "aderência" da que trata não é física. Não se "agarrou" fisicamente, como poderíamos imaginar na cena da despedida, mas como sugere o texto imediatamente: se uniu ao seu povo e à sua fé. Como sabemos, Boaz se casa finalmente com Ruth.

Ao nos aproximarmos do final da história, é hora de refletir sobre alguns pontos.

O livro de Ruth tem contrastes e paralelismos. Podemos notar nele a relação distinta das mulheres para com Noemi no princípio e ao fim do relato. Também o repúdio que sentem por Ruth ao princípio, que logo se converte em elogios. Aí também as protagonistas são mulheres. Podemos nos deter na relação com as noras, personagens independentes cada uma, que vão em busca de seus próprios destinos. Uma escolhendo o lógico; Ruth, efetivamente teve que aceitar o encargo de sua sogra ao apresentar-lhe a Boaz, que não há havia visto até então, e a quem deveria tentar seduzir. E o consegue.

Noemi leva silenciosamente o peso de seu sofrimento e une-se ao sofrer de sua nora. Também Ruth se mantém no silêncio feminino tão conhecido em outros textos, e nos obriga a preenchê-lo com nossas próprias palavras e pensamentos. Somente é eloquente quando escolhe seu destino. Ali parecera livre de todo o sentimento reprimido. Quem fala sem parar é o personagem masculino Boaz, que parece necessitar explicar e fazer, fazer e explicar, pretendendo ocupar o centro da ação da qual foi deslocado pelas mulheres.

Ruth e Noemi, que souberam aceitar a dor com amor, que encontraram maneiras de superar o luto e o desespero, a angústia e a depressão, são descritas na história como exemplos de um modelo de mulher, sobre o qual dificilmente saberíamos imaginar sem ler o texto do livro. Mulheres, que na luta por seus direitos, se animarão também a atos que, ainda em nossos dias, a 3000 anos de distância, são vistos como descuidados.

Vale a pena reler o texto nesta festa!

 

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