SHEMA YSRAEL, YAOHUSHUA ELOHENU UL, YAOHUH  ECHAD! Dt 6:4.

Escuta Yaoshor'u! Yaohushua é o nosso Criador; o Eterno é um Só!

O Yom Kipur

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Após o pecado do bezerro de ouro, Mehushua/Mehushua orou e, no dia dez do mês hebraico de Tishrei, o CRIADOR concedeu pleno perdão ao povo judaico.

Yom Kipur é o Dia da Expiação, sobre o qual declara a Toráhh: "No décimo dia do sétimo mês afligirás tua vida e não trabalharás, pois neste dia, a expiação será feita para te purificar; perante o CRIADOR serás purificado de todos teus pecados."

Edição de oCaminho

PARA o JUDAICO:

Após o pecado do bezerro de ouro, Mehushua/Mehushua orou e, no dia dez do mês hebraico de Tishrei, o CRIADOR concedeu pleno perdão ao povo judaico.

Yom Kipur é o Dia da Expiação, sobre o qual declara a Toráhh: "No décimo dia do sétimo mês afligirás tua vida e não trabalharás, pois neste dia, a expiação será feita para te purificar; perante o CRIADOR serás purificado de todos teus pecados."

Esclarecendo a natureza de Yom Kipur, o Rosh escreve: "É o dia de arrependimento para todos, para o indivíduo e para a comunidade; é o tempo do perdão para Yaoshor'ul. Por isso todos são obrigados a se arrepender e a confessar seus erros em Yom Kipur."

A expiação obtida através de Yom Kipur é muito mais elevada que aquela conseguida através do arrependimento, pois neste dia os judaicos e o CRIADOR são apenas um. O povo do ETERNO une-se com o CRIADOR para revelar um vínculo intocável pelo pecado, sem obstáculos.

Teshuvá, o retorno do judaico ao bom Caminho, não está restrito apenas ao Yom Kipur. Há muitas outras épocas que são propícias para que isto ocorra, e na verdade, um verdadeiro judaico pode, e deve, ficar em estado de reflexão, alerta e arrependimento todos os dias do ano.

A obtenção do perdão

Os roshs afirmam que a pessoa deve primeiro arrepender-se, e então obterá a expiação especial de Yom Kipur (que é infinitamente mais elevada que aquela conseguida apenas pela teshuvá).

Mas como Yom Kipur consegue isto? A expiação não é meramente a remissão da punição pelo pecado; significa também que a vida de uma pessoa é purificada das máculas causadas pelo pecado. Além disso, não apenas nenhuma impressão das transgressões permanece, como as transgressões são transformadas em méritos.

Que isto possa ser atingido através de teshuvá é compreensível; um judaico sente genuíno remorso pelas falhas cometidas erradicando o prazer que extraiu dos pecados.

Sua vida é então purificada. O próprio pecado deve ser visualizado como uma contribuição ao processo de teshuvá.  Uma transgressão separa a pessoa do CRIADOR. O sentimento de ser afastado do CRIADOR age como um lembrete para o retorno, para estabelecer um vínculo mais intenso com o CRIADOR.

O que é a expiação obtida através de Yom Kipur? Se a expiação significa apenas a remissão da punição, seria compreensível que "o próprio dia" pudesse abolir a punição que de outra forma seria devida pelos pecados de alguém através do ano.

Mas a expiação, como dizemos, significa também a purificação das manchas de sua vida. Como pode "o próprio dia," sem a força transformadora de teshuvá, atingir este ponto?
 

Três níveis no vínculo do povo do ETERNO com o CRIADOR

O pecado afeta o vínculo do povo do ETERNO com o CRIADOR, e há três diferentes níveis neste vínculo:

1 – O relacionamento estabelecido por um judaico através do cumprimento das mitsvot: a aceitação do jugo celestial por parte do judaico e sua prontidão em seguir as diretivas do CRIADOR estabelecem um vínculo entre ele próprio e o CRIADOR.

2 – Uma conexão íntima, mais profunda que a primeira. Como este vínculo transcende aquele forjado pela aquiescência com a vontade do CRIADOR, permanece válido mesmo quando alguém transgride aquela vontade e por causa disso prejudica o primeiro nível do relacionamento, que a teshuvá tem o poder de purificar as manchas na vida, causadas pelo pecado – o que enfraqueceu o nível inferior da conexão.

3 – O vínculo unindo a essência do povo do ETERNO com a Essência do CRIADOR. Isto não é restrito a nenhum vínculo, e transcende toda a expressão humana. Ao contrário dos dois anteriores, este relacionamento não pode ser produzido pelo serviço do homem ao CRIADOR, mesmo o serviço de teshuvá, pois as ações do homem, não importa quão elevadas, são inerentemente limitadas. Pelo contrário, este é um vínculo intrínseco à vida do povo do ETERNO que é "uma parte do CRIADOR acima" – e neste nível, o povo do ETERNO e o CRIADOR são completamente um só.

Como este vínculo transcende todos os limites, não pode ser afetado pelas ações do homem. Assim como não pode ser produzido pelo serviço do homem ao CRIADOR, da mesma forma não pode ser prejudicado pela omissão do serviço ou através do pecado. Pecados e máculas não podem tocar este nível.

A unidade entre o povo do ETERNO e o CRIADOR

Em Yom Kipur, este vínculo entre a essência do povo do ETERNO e a Essência do CRIADOR revela-se em cada pessoa – e por isso todas as manchas em sua vida causadas pelos pecados são automaticamente removidas.

Esta é a diferença entre a expiação de Yom Kipur e aquela de qualquer outra época. Na última, o pecado causa manchas na vida, e por isso a pessoa deve trabalhar ativamente para conseguir a expiação – arrependendo-se, o que produz um relacionamento mais profundo entre o homem e o CRIADOR. A maior expiação de Yom Kipur, entretanto, vem com a revelação de um vínculo tão elevado que, em primeiro lugar, nenhuma mancha pode ocorrer.

Este conceito era expresso no serviço de Yom Kipur do Cohen gadol, o Sumo Sacerdote, que representava todo o judaísmo. Um dos momentos mais importantes daquele serviço era sua entrada no Santo dos Santos, sobre o qual a Toráhh diz: "Nenhum homem deve estar no Ohel Moed quando ele entra para fazer expiação." O Talmud comenta que isto se refere até mesmo aos anjos. Ninguém, homem ou anjo, poderia ficar no Santo dos Santos naquela hora, pois o serviço de Yom Kipur é a revelação da unidade essencial entre o povo do ETERNO e seu Criador. Apenas a pessoa e o CRIADOR estão lá – sozinhos.

Revelação da essência do povo do ETERNO

Tal revelação é possível não apenas no Templo Sagrado, através do Cohen Gadol, mas para todo o povo do ETERNO em suas preces de Yom Kipur. Este é o único dia do ano que tem cinco serviços de prece, correspondendo aos cinco níveis da vida.

Na última prece do serviço, Ne'ilah, o quinto e mais elevado nível da vida é revelado, um nível que é a quintessência da vida. "Ne'ilah" significa "trancar", indicando que naquela hora os judaicos estão trancados sozinhos com o CRIADOR. A essência do povo do ETERNO é mesclada e unida à essência do CRIADOR.

Yom Kipur, então, é um dia no qual não existem fatores externos, quando apenas a essência do povo do ETERNO espalha seu brilho. A Teshuvá pode erradicar o pecado e as manchas na vida; Yom Kipur transcende inteiramente o conceito de pecado e arrependimento – e por isso traz uma expiação mais elevada que em qualquer outra época.

 

O Yom Kipur no Templo:

Sete dias antes do Dia da Expiação, o Sumo Sacerdote era levado de sua casa e colocado na Câmara dos Conselheiros, e outro sacerdote ficava de sobreaviso para assumir seu lugar, no caso de acontecer-lhe algo que o tornasse impróprio para o Serviço.

Era deixado aos cuidados dos anciãos do Bet Din, Tribunal Rabínico, que liam perante ele a ordem do dia (para torná-lo bem versado no Serviço). Diziam-lhe eles: "Meu Maoro'hé Sumo Sacerdote, recite com sua própria boca, para que não seja esquecido, ou se nunca o aprendeu."

Na véspera do Dia de Expiação pela manhã, eles o faziam ficar de pé no Portão Ocidental, e passavam por ele bois, carneiros e ovelhas, para que adquirisse conhecimento e se tornasse versado no Serviço.

Durante todos os sete dias não lhe eram negados água e alimento; mas na véspera do Dia de Expiação, quando anoitece, não lhe permitiam comer bastante, pois a comida induz ao sono. Os anciãos da Corte o entregavam aos anciãos do Sacerdócio, e estes o levavam à Casa de Abtinas (já no templo de Shua'olmóh, no pavimento superior do Bet Hamicdash,  no lado sul da "Corte dos Sacerdotes").

Faziam-no jurar de que realizaria o Serviço de acordo com a tradição, e antes de deixá-lo, diziam sobre ele: "Meu Mestre Sumo Sacerdote, somos representantes da Corte, e tu és nosso representante. Nós lhe suplicamos por Ele, que fez Seu Nome habitar nesta Casa, para que não altere nada daquilo que lhe dissemos." Ele voltava-se de lado e chorava, e eles voltavam-se de lado e choravam (pois uma suspeita fora lançada sobre ele).

Se ele fosse um Sábio, costumava explicar as Escrituras, e caso não fosse, os Sábios costumavam explicá-la perante ele. Se era versado na leitura das Escrituras, lia, e se não o fosse, eles liam perante ele (para distrair-lhe a mente e impedi-lo de dormir). E que parte liam perante ele? Iyov, Ezra e Divrê-Hayamim.

Zecharia ben Kebutal disse: "Muitas vezes eu li perante ele, do livro de Daniel." Se ele estivesse com aparência sonolenta, jovens membros do sacerdócio ergueriam o dedo médio perante ele e lhe diziam: "Meu Mestre Sumo Sacerdote, levante-se e afaste o sono de uma vez caminhando sobre o chão frio." E costumavam distraí-lo até que a hora do sacrifício se aproximasse. Fazia-se um sorteio para dividir os serviços sagrados entre os sacerdotes.

O oficial encarregado dizia-lhe: "Vá e veja se chegou a hora do sacrifício. Se tivesse chegado, aquele que a vira proclamava: "Barkai!" (O dia amanheceu!).

O Sumo Sacerdote era levado ao local de imersão. Neste dia o Sumo Sacerdote imergia cinco vezes, e dez vezes ele purificava suas mãos e pés. Eles esticavam um lençol de linho entre ele e o povo. Ele despia as roupas, descia e mergulhava, saía e secava-se. Traziam-lhe vestes de ouro e ele as vestia, e santificava suas mãos e pés. Traziam a ele o Tamid, Oferenda Diária Completa. Ele fazia a incisão e outro completava a oferenda em seu nome. Ele ia para o interior para queimar o incenso matinal e para cuidar das lamparinas.

Traziam-no à câmara dentro da Corte do Templo Sagrado. Esticavam um lençol de linho entre ele e o povo. Ele santificava suas mãos e pés e despia as roupas. Descia e mergulhava, saía e secava-se. Traziam-lhe vestes brancas; ele as envergava e santificava suas mãos e pés. Pela manhã, era vestido em linho, e na parte da tarde em linho indiano. Isto era pago com fundos públicos, e se ele desejasse gastar mais, podia fazê-lo às suas próprias custas.

Aproximava-se de seu novilho, que estava de pé entre o Salão e o Altar, a cabeça para o lado sul e a face voltada para oeste. E o Sumo Sacerdote ficava a leste com a face voltada para oeste; e colocava as mãos sobre ele e fazia uma confissão. Ele costumava dizer: "Ó CRIADOR, cometi iniquidade, transgredi e pequei perante Ti, eu e minha casa. Ó CRIADOR, perdoa as iniquidades e transgressões e pecados que cometi e transgredi perante Ti, eu e minha casa, como está escrito na Toráhh de Teu servo Mehushua: 'Pois neste dia a expiação deve ser feita para te purificar; de todos teus pecados perante o CRIADOR deves ser limpo'".

Todos os sacerdotes e o povo que ficava de pé na Corte, ao ouvirem o Nome Glorioso, Inefável e Inspirador pronunciado pelo Sumo Sacerdote com santidade e pureza, ajoelhavam-se e prostravam-se sobre suas faces, dizendo: "Bendito seja o Nome de Sua Gloriosa Majestade para todo o sempre."

Após terminar o serviço do dia, traziam-lhe suas próprias roupas e o acompanhavam até sua casa. Ele então reunia todos seus amigos para celebrar sua saída do Santuário sem nenhum problema.

O Machzor, livro de rezas de Rosh Hashaná e Yom Kipur, descreve:

"Como era glorioso o Sumo Sacerdote, quando deixa a salvo o Santuário...
Semelhante à abóbada expandida do céu, era o semblante do Sacerdote...
Como a aparência do Arco do CRIADOR no meio de uma nuvem...
Como a rosa em meio a um maravilhoso jardim...
Como a ternura que paira sobre a face de um noivo...
Como os sinos de ouro nas franjas do manto...
Como o aspecto do sol nascente sobre a terra...
Feliz o olho que viu todas estas coisas.

 

A HISTÓRIA DE YOM KIPUR

“Ao CRIADOR, nosso UL, pertence a misericórdia e o perdão...” (Dn 9:9)

Uma história verdadeira: quando Mehushua subiu ao Monte Sinai, encontrou-se com o Santo, Bendito Seja, que escrevia em Sua Toráhh Sagrada: “...o Eterno, ó Eterno, tarda em irar-se …” Mehushua, então, completou: “...com os justos”. Mas lhe respondeu o CRIADOR Todo-Poderoso: “...também com os iníquos”, ao que Mehushua retruca: “CRIADOR do Universo, deixa perecer os iníquos”. E o Santo, Bendito Seja, fez uma promessa a Mehushua: “Juro, por tua vida, que há de chegar o dia em que implorarás por Meu perdão, até mesmo para os perversos”.

Mestre Rabeinu, nosso Mestre Mehushua, foi um homem muito completo e espiritual, o que não o impediu, no entanto, de ser também o ser humano mais humilde jamais visto. A Toráh, criada e escrita pelo CRIADOR, mas trazida à Terra por ele, leva seu nome: Torat Moshê, a Toráh dada a Mehushua. Primeiríssimo dentre os profetas do CRIADOR, escolhido para apascentar Seu Povo, Mehushua liderou a libertação dos judaicos do jugo egípcio. Cinquenta dias após o Êxodo, no 6º dia do mês de Sivan do calendário hebraico, CRIADOR revelou-Se a todo o povo judaico, fazendo a proclamação dos Dez Mandamentos. No dia seguinte, Mehushua subiu ao Monte Sinai para receber as Tábuas com os Mandamentos e para aprender o conteúdo da Toráh. Informou ao povo que lá ficaria por 40 dias, retornando na manhã do quadragésimo dia.

Mehushua permaneceu no Monte Sinai, durante mais 40 dias, implorando por seu povo que haviam cultuado um ídolo de ouro durante a sua ausência.  Foi então que recebeu uma ordem Divina, que valia a pena ser celebrada: “Lavra duas tabuas em pedra, como as primeiras; e Eu escreverei nelas as mesmas palavras que estavam nas primeiras, que quebraste em pedaços. E prepara-te para amanhã, para que subas pela manhã ao Monte Sinai e ali te apresentes a Mim, no cume do monte” (Êxodo 34:1-2).

Como lhe fora ordenado, Mehushua lavra duas estelas em pedra. No primeiro dia do mês hebraico de Elul, ele madruga e ascende ao Monte Sinai pela terceira vez. Após ter chegado ao topo da montanha, aparece-lhe o CRIADOR.

Mehushua permaneceu no Sinai – em jejum ininterrupto – por mais 40 dias: “E ali esteve com o CRIADOR quarenta dias e quarenta noites; não comeu pão nem bebeu água...”. (Êxodo 34:28). Durante esse período, CRIADOR ensinou a Mehushua toda a Toráh, uma vez mais. E então, indicando, finalmente, Seu perdão total para o povo do ETERNO, o CRIADOR novamente escreve as palavras dos Dez Mandamentos sobre as tábuas que Mehushua lavrara e trouxera ao Monte Sinai.

No 10º dia do mês de Tishrei, Mehushua retorna ao acampamento dos judaicos levando consigo as novas Tábuas com os Dez Mandamentos. Desta vez, foi recebido por um povo em júbilo pelo perdão Divino que lhes fora outorgado.

Aquele dia se tornou o primeiro Yom Kipur, o primeiro Dia do Perdão. O CRIADOR decidiu que, a partir de então, o 10º dia de Tishrei seria o dia no ano em que Ele se dedicaria aos rogos, remorsos e preces pelo perdão. Assim como perdoara o pecado cometido através do bezerro de ouro, no futuro, nesse mesmo dia, Ele também perdoaria as futuras transgressões que o povo judaico cometesse contra Seu Nome.

Como vimos, então, Yom Kipur – o Dia do Perdão – é celebrado no 10º dia do mês judaico de Tishrei. É o dia mais sagrado do calendário, uma data mencionada na Toráh como o “Sábado dos Sábados”, Shabat Shabaton. A Toráh nos ordena guardá-lo de acordo com todas as leis que estipula, “...porque naquele dia se fará expiação por vós, para purificar-vos; e sereis purificados de todos os vossos pecados perante o Eterno” (Levítico 16:30).

 

O Dia do Perdão

E como Mehushua, que orou por todo o povo do ETERNO, assim o fazemos nós. As orações da liturgia de Yom Kipur são todas pronunciadas no plural, pois não oramos apenas por nós, mas por toda a congregação de Yaoshor'ul. E seguindo os ensinamentos do CRIADOR a Mehushua, invocamos os Treze Atributos de Misericórdia Daquele que é Rei Misericordioso.

Mehushua jejuou 40 dias e 40 noites para obter o perdão para seu povo. Os mestres nos explicam que durante esse período, Mehushua viveu como um anjo.

Em Yom Kipur, nós também jejuamos, abstendo-nos de comer e beber. Não realizamos nenhuma das atividades proibidas no Shabat, pois que Yom Kipur é o “Sábado dos Sábados”.

Assim agindo, durante todo o Yom Kipur, deixamos para trás nossos afazeres mundanos, nossos desejos e nossas preocupações. Ao nos elevarmos espiritualmente, aproximamo-nos do CRIADOR, estando desta forma mais aptos a obter o favor Divino sobre nós e sobre todos os nossos irmãos – o Povo Judaico, o Povo de Yaoshor'ul.

O CRIADOR não decide o destino de cada uma das pessoas em Rosh Hashaná, mas Ele apenas confirma os Seus desígnios ao término do Yom Kipur. Ensinaram-nos que o arrependimento, a prece e a caridade podem reverter o destino infausto. “Agora, deixa-Me!”, o CRIADOR ordenou a Mehushua. “Deixa-Me só, pois tu podes anular Meus decretos”. Devemos lembrar-nos que foi o CRIADOR [Yaohushua, antes mesmo de nascer em Maoro'hem] – e não Mehushua – quem escreveu a Toráh. E portanto, foi o CRIADOR, Ele Próprio, quem decidiu registrar esse incidente em Sua Toráh – quando um ser humano prevaleceu sobre Seus decretos [interceder pelo povo pecador] – para ensinar a todas as gerações futuras que o destino do povo do ETERNO está assentado sobre os atos e orações de cada um de nós.

 

Os treze atributos de misericórdia

Quando o CRIADOR escreveu a Sua Toráh, revelou a Mehushua e, subsequentemente, a nós, o texto de uma oração que serviria para sempre invocar a Sua misericórdia. Esta prece, conhecida como os Treze Atributos da Misericórdia, somente pode ser recitada por uma congregação composta de um mínimo de dez homens. Algumas congregações a recitam diariamente, exceto no Shabat e nos Dias Santos. Outras, apenas em dias de jejum ou em momentos de crise. Mas todas a recitam no Yom Kipur. A prece constitui o tema central nos serviços religiosos deste dia sagrado.

 

Seguem-se os Treze Atributos e uma breve explicação sobre cada um:

CRIADOR – este atributo Divino da Misericórdia e os milagres feitos por Ele para anular até mesmo as leis da natureza por Ele criado. Este Nome aparece duas vezes nos atributos. Na primeira significa que como CRIADOR conhece as limitações do ser humano e tem piedade dos pecados do homem, apesar de Ele saber que a pessoa cometerá atos indignos no futuro.

CRIADOR – a segunda menção deste Nome denota que mesmo que alguém tenha pecado, o CRIADOR misericordiosamente aceita seu arrependimento.

UL'HIM (CRIADOR) – este Nome denota o infinito poder do perdão Divino. Nele está implícito um grau de misericórdia que ultrapassa o indicado pelo Nome de Seu primeiro e segundo atributos.

RACHUM (Compassivo) – o ETERNO alivia o castigo dos culpados e ajuda as pessoas a evitar situações penosas.

VE-CHANUM (e Gracioso) – o ETERNO dispende graça mesmo com os que não o merecem.

ERECH APAYIM (Tardio em irar-se) – o ETERNO é paciente com os justos e com os iníquos. Ao invés de logo punir os pecadores, Ele lhes dá tempo para se recuperarem e se arrependerem.

VE-RAV CHESSED (e Magnânimo em Sua Bondade) – o ETERNO é bondoso mesmo com os que não têm o mérito de praticar o bem. E se o comportamento de alguém se equilibra entre a virtude e o pecado, ULHIM inclina a balança do julgamento para o lado do bem.

VE-EMET (e Verdadeiro) – A verdade é o próprio Selo Divino. O ETERNO jamais volta atrás em Suas palavras de recompensar os que o merecem.

NOTZER CHESSED LE-ALAFIM (Preservador da Bondade para milhares de gerações) – o ETERNO preserva as boas ações das pessoas em benefício de seus descendentes. É por isso que constantemente invocamos os méritos dos patriarcas do povo judaico: Abrahão, Itzhak e Jacob.

AVON (Iniquidade - não seguir a Lei) – Esta é uma das três categorias de pecado e se refere a um pecado intencional, perdoado pelo CRIADOR se houver arrependimento sincero.

VA-PESHA (Pecado Rebelde) – Este é o tipo mais sério de pecado, cometido com a intenção de causar a Ira Divina. Mesmo uma transgressão tão séria é perdoada quando há arrependimento.

VE-HATÊ (e Erro) – Este é o pecado cometido pela apatia e pela insensibilidade, também perdoado pelo ETERNO, mediante o arrependimento.

VE-NAKÊ (Aquele que purifica) – Quando alguém se arrepende, o ETERNO purifica o seu pecado, fazendo desaparecer o efeito do mesmo.

Bibliografia:
The Chumash - The Stone Edition (Artscroll Mesorah)
Rashi - The Sapirstein Edition (Artscroll Mesorah)
The Midrash Says - The Book of Shemos, Rabbi Moshe Weissman (Benei Yacov Publications)

Edição de oCaminho

 

PARA O MESSIÂNICO:

Yom Kipur & Kol Nidrei

Na véspera de Yom Kipur, em todas as sinagogas ao redor do mundo, a Arca Sagrada é aberta e os rolos de Toráh são retirados. Em seguida, o chazan e a congregação entoam o Kol Nidrei. Um prelúdio marcante que durante séculos transmite às gerações do povo do ETERNO, o espírito do Dia do Perdão.

Kol Nidrei, que em aramaico significa “todos os votos” ou “todas as promessas”, apesar de tocar o fundo da vida judaica, infundindo em cada um dos presentes temor e esperança, na realidade não é uma oração e o texto sequer menciona o tema arrependimento. É uma declaração coletiva que permite aos que estão presentes anular promessas, votos ou juramentos feitos ao CRIADOR e não cumpridos, por sua própria incapacidade. No Yom Kipur, na hora do Kol Nidrei, somos lembrados que a "palavra" é sagrada e que promessas assumidas devem ser escrupulosamente respeitadas.

Para o povo do ETERNO, votos e juramentos são compromissos de extrema importância e a Toráh é explícita neste ponto. Um mandamento bíblico afirma que uma promessa proferida não deve ser quebrada. Esta proibição é tão grave que o Talmud diz que o mundo treme diante dela e, portanto, não podemos nos aproximar do CRIADOR para implorar Seu perdão sem antes nos termos livrado do grave pecado de ter violado nossa palavra a Ele. O Talmud aconselha evitar juramentos ou votos.

Os antigos mestres  estavam cientes da fragilidade da natureza humana. Sabiam também que, em momentos difíceis, ao nos dirigirmos ao Todo-Poderoso CRIADOR, podem ser pronunciadas promessas precipitadas ou juramentos difíceis de cumprir. Por isto, anteviram uma forma de nos absolver de culpas derivadas de palavras proferidas impetuosamente. Apesar de colocar sérias limitações, o Talmud afirma que um tribunal composto por três pessoas (Bet Din) pode anular votos ou juramentos feitos por uma pessoa, se esta declarar perante eles [representantes do CRIADOR] que se arrependeu.

Por ter provocado mal-entendidos ao longo de séculos, é muito importante lembrar que, assim como o Yom Kipur só absolve as transgressões do homem em sua relação com CRIADOR, o Kol Nidrei nos libera somente de votos ou juramentos pessoais feitos ao CRIADOR e só a Ele. Em hipótese alguma nos libera de promessas, juramentos ou votos que envolvam outras pessoas; estes só poderão ser anulados quando, na presença de todos os envolvidos, todos estiverem de acordo com a anulação.

O Kol Nidrei é uma forma de pedir ao CRIADOR que anule todo os Seus próprios juramentos de afastar Sua presença de Seu povo. Em várias ocasiões o povo de Yaoshor'ul provocou a Ira Divina e o CRIADOR jurou punir-nos com o exílio. Mas na véspera de cada Yom Kipur, no Kol Nidrei, pedimos que Ele considere nulas todas as palavras que afastam ou escondem Sua Presença Divina de nossa face.

As origens

Há várias teorias sobre as origens do texto do Kol Nidrei. Há historiadores que supõem ter sido composto nos séculos V ou VI, após o rei Ricardo da Espanha (586-601 d.Y.) ter iniciado uma campanha que obrigou todos os judaicos de seu reino a se tornarem cristãos. Acuados, muitos tiveram que renegar sua fé, mas, apesar das aparências, permaneciam judaicos em segredo. Foi o início do cripto-judaísmo. Mas os marranos – como passaram a ser chamados estes judaicos secretos – não queriam abandonar sua fé e tentavam manter secretamente as Leis de seus ancestrais.

Yom Kipur era uma data particularmente importante para eles e, mesmo arriscando suas vidas, reuniam-se em segredo. No entanto, antes de iniciar as orações, o líder da congregação era incumbido de se levantar e renunciar, em nome de todos os presentes, a juramentos e promessas formuladas sob coação. Declarava nulos todos os juramentos que haviam sido impostos e, só então, com o coração mais leve, iniciavam as orações pedindo perdão ao CRIADOR pelos pecados cometidos. Provavelmente, as inúmeras perseguições e as conversões forçadas que marcaram a história dos judaicos na Europa fizeram com que o Kol Nidrei se enraizasse cada vez mais na liturgia do Dia do Perdão. Com a migração dos marranos para vários países da Europa é provável que o costume tenha sido incluso, em muitas comunidades, na liturgia de Yom Kipur. Vários Gaonim do período mencionam em seus escritos o fato de o texto ser recitado em inúmeros países, inclusive em Eretz Yaoshor'ul. No século IX já fazia parte do primeiro livro de orações completo, o Seder do Rav Amram Gaon.

Alguns mestres chegaram a se pronunciar contra a inclusão do Kol Nidrei em Yom Kipur, pois temiam que a possibilidade de anular juramentos de forma coletiva diminuísse aos olhos dos judaicos a importância e gravidade dos juramentos. Até o final do século X, a maioria das comunidades européias já o havia incluído em sua liturgia de Yom Kipur. Somente na Babilônia, onde estavam as academias de Sura e Pumbedita, o texto não foi adotado. Provavelmente, como estas comunidades viviam em paz, o costume lhes parecia estranho.

O Kol Nidrei adquiriu um significado ainda maior quando, em 1.391, reiniciaram-se na Espanha as perseguições aos judaicos. Estas culminaram em 1.492 com o Édito de Expulsão. As opções dadas aos judaicos ibéricos era conversão ao cristianismo, exílio ou morte. Para os judaicos que ficaram na Península Ibérica a única saída era esconder seu judaísmo do olho atento da Inquisição. Apesar do grave perigo, em Yom Kipur muitos destes marranos se reuniam secretamente para anular juramentos e pedir o perdão Divino por não terem ainda voltado à fé judaica, apesar de suas promessas.

Durante séculos o Kol Nidrei foi causa de interpretações enganosas que levaram a acusações malévolas contra os judaicos. Estes eram acusados de usar o ritual para se desfazer de todo tipo de encargos e compromissos. Se os juramentos podiam ser anulados, diziam seus perseguidores, então não se podia confiar na palavra de um judaico.

Em 1.240, Mestre Yechiel, de Paris, desafiou o bispo da cidade, na presença do rei da França e da rainha de Castilha, a um debate sobre o assunto. Venceu-o demonstrando publicamente que o Talmud afirmava que um judaico não pode quebrar uma promessa feita ao próximo. Mas isto não foi suficiente para impedir que o Kol Nidrei fosse usado nos séculos seguintes para acusar judaicos de má fé. Em 1.656, Cromwell discutiu o assunto do Kol Nidrei novamente com o Mestre Menasse Ben Yaoshor'ul. Este último havia encaminhado ao governante da Inglaterra uma petição através da qual os judaicos pediam permissão para voltar para a Inglaterra, de onde haviam sido expulsos em 1.290. Cromwell recusou a petição.

O ritual

O Kol Nidrei tem início com o chazan posicionando-se à frente da Arca Sagrada. Ele se coloca no papel de Shaliach Tzibur – mensageiro da congregação – para “defender” a causa de seus “clientes” perante o CRIADOR, nosso Juiz. Dois homens ou mais da congregação, cada um com um rolo de Toráh em suas mãos, posicionam-se ao seu lado. É um tribunal simbólico onde todos agem de acordo com o “processo legal” para a anulação de votos estabelecidos pelos crentes.

De maneira solene, envoltos em talit sobre os ombros, os três representantes da congregação declaram: “Pela autoridade que nos foi dada pela Corte Superior e pela autoridade que nos foi dada pela Corte Inferior, com a permissão do CRIADOR – Abençoado seja Ele – e com a permissão desta sagrada congregação, consideramos lícito orar com os transgressores”.

Após estas palavras o chazan entoa o Kol Nidrei. “Todos os votos, as proibições, os juramentos, as anátemas, as interdições, os empenhos e os compromissos que a nós mesmos impusermos, seja por voto solene, juramento, anátema ou auto-proibição, a partir deste Yom Kipur até o próximo Yom Kipur – que venha a nós em paz – todos eles são declarados sem valor e considerados completamente nulos, não ocorridos e inexistentes. Nossos votos não são votos, nossos compromissos não foram compromissos e nossos juramentos não foram juramentos”.

O texto revela a inquietação do ser humano ao se dar conta dos votos que não foram cumpridos, das obrigações quem sabe esquecidas, de valores e lealdades traídas. Mas a melodia parece afirmar o desejo de refazer seu Caminho e reparar o mal feito...

Machzor de Yom Kipur, Editora Sêfer - Edição de oCaminho

 

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